É fácil ficar animado com novas tecnologias e criar uma expectativa otimista demais. Recentemente, postamos um eBook exaltando as virtudes e o potencial da RPA. Depois de ler nosso artigo, Simon Bennett, CTO para EMEA na Rackspace Technology, nos mandou uma mensagem dizendo que talvez não tenhamos contado a história completa. Nós o convidamos para vir ao Cloud Talk explanar seus contra-argumentos!
No mais recente episódio do Cloud Talk, Simon Bennett e o apresentador Jeff DeVerter discutem quais princípios devem ser considerados antes de se implantar a RPA e qual é a importância dos dados.
Este episódio aborda:
- A compreensão sobre a cadeia de dados/jornada de dados
- O papel do diretor de dados
- O processo de colocar a RPA em produção
- O aspecto e a linguagem dinâmicas da TI
Simon faz um esclarecimento sobre a RPA. "O artigo fala bastante dos processos robóticos e de como você pode, ao encontrar um problema, valer-se de um processo robótico para corrigi-lo usando um engenheiro virtual em vez de um ser humano. E isso é ótimo quando você sabe qual é o problema. Mas, muitas vezes, com soluções de TI que abrangem centros de dados, nuvem privada e nuvem pública, o que talvez seja percebido como um problema no site que o cliente vê ou no aplicativo para celular pode se manifestar em outro ponto muito mais entranhado na solução de TI. Antes de tudo, é fundamental ser capaz de encontrar a fonte do problema para entender como corrigi-lo. Não basta só tratar o sintoma. E o processo robótico não corrige necessariamente um site com mau desempenho quando o problema está em coletar informações de um banco de dados num lugar completamente diferente. E, a menos que você saiba de onde vêm os dados, como saber e justificar qual processo robótico deve ser usado?"
Simon explica a importância de entender a jornada dos dados e por que os diretores de dados são tão demandados. “Muitas organizações estão contratando diretores de dados atualmente. E por que fazem isso? Tem a ver com os processos e os dados empresariais. Entender onde os dados se originam, onde está o mestre desses dados e como os dados fluem e se movimentam pelos vários sistemas."
Jeff discute o aspecto dinâmico da TI e por que é absolutamente necessário que ela fale a língua de toda a empresa. "Há 10 anos, você tinha a TI dentro da organização e, muitas vezes, uma grande parede divisória [entre a TI e o lado empresarial]. Era trabalho da TI interpretar o que o negócio precisava e depois comunicar e resolver isso de forma efetiva. Assim, a TI e o parceiro podiam falar em tecnologia, sem necessariamente falar em resultados comerciais, pois era possível apenas mapear os requisitos. Mas essa realidade mudou. Conforme aumenta a fluência digital na organização, em todos os aspectos — marketing, vendas, financeiro, todo lugar —, as pessoas tornam-se capazes de fazer mais. É imprescindível, então, que a TI fale a língua do negócio todo para poder habilitar esse pessoal."